quinta-feira, 17 de setembro de 2009

MEDÉIA


Quando soube do desatino
Desconjurou marido,
Filho, pai e irmão.
Porque não ver que em sua alma
Jazia o amor eterno?
Morria aos poucos, queimado, doído, traído.
Secava leite, lágrima e saliva
Ruía amanhã, o agora, e o pra sempre...
Doía, doía, doía.
Ardia.
Oimoi! Oimoi!
Era o fim
De tudo!

A teu amor que nunca fora antes.
Mas ele estava aqui, ontem!
Será que nunca?
Ela que desfez laço,
Ela que pariu pedra,
Ela que perdeu mãe terra...
Bárbara, Cláudia, Júlia,
Grega , troiana, brasileira,
Ela que um dia morria pálida,
Apunhalada nas costas,
Espanto! Susto! Medo! Pânico!
Perdi, perdeu, perdida.
Mulher ferida, águia negra,
Cera derretida.
Caí, caiu, caída.
Enquanto durava,
Infinita.

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